Participar da Missão Jesus no Litoral é uma experiência profunda do amor de Deus que nos impulsiona ao encontro das pessoas que necessitam da Palavra de Deus.
Em 2004 eu era vigário na Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso em Guaratuba, foi então que o Wagner, coordenador do grupo de jovens, convidou-me para conhecer um Projeto em Matinhos de Jovens Missionários. Como um Bom Missionário Redentorista que sou fui conhecer. E ao me deparar com e empolgação dos jovens e a loucura que eles estavam fazendo por Jesus não pensei duas vezes para convida-los para me ajudarem na missa. A ida dos “Laranjinhas” para Guaratuba e o contato com esses jovens irradiando alegria do Senhor foi tão contagiante que meu coração ficou alaranjado e, desse dia em diante coloquei-me a disposição do Projeto, atual missão, para que sempre que tivesse uma oportunidade e a Congregação Redentorista me Liberasse partir em missão com os Jovens, presidindo a Santa Missa, atendendo Confissão etc.
É a terceira vez que estou trabalhado no projeto. Durante dois anos que fiquei como Pároco em Campo Grande e não tive como participar, mas agora que não estou fixo em nenhuma paróquia e vivo uma vida de missionário itinerante, facilita, pois como eu vivo uma vida de mala nas costas de cidade em cidade, prolongar minhas viagens até o Litoral, para estar no meio dos jovens evangelizando é um prazer enorme e muito gratificante naquilo que posso ensinar e também aprender com os jovens.
Cada vez mais eu me convenço da responsabilidade que os jovens têm de renovar a Igreja. O jovem é revolucionário por natureza e ser revolucionário em Deus, onde esta nossa verdadeira revolução é o grande segredo da transformação da humanidade, tão dilacerada pelo pecado.
Os “Laranjinhas” formam um verdadeiro Exército de Cristo e em ordem de batalha declara Guerra contra o inimigo que gera o pecado, conforme nos disse nosso querido e amado Papa João Paulo II, ao chamar os jovens de Sentinelas da manhã (cf Is 21,11).
A metodologia evangelizadora usada pelos jovens na praia é algo específico para temporada, é um trabalho de massa diferente de um trabalho paroquial de base, mas como eu já tive a experiência de trabalhar em paróquia de praia é o jeito mais adequado para o contexto de temporada. Se nós Católicos não tivermos essa ousadia com certeza as Igrejas Protestantes ocuparam esse espaço. Nós Padres que pertencemos à hierarquia da Igreja não podemos deixar de espalhar essa boa nova aos Bispos para que não deixem morrer essa missão apoiando com muito amor e carinho. E quanto mais padres estiverem envolvidos, melhor será, pois estaremos colocando em prática o que o Documento de Aparecida nos pede: para que sejamos ousados, saindo da pastoral de manutenção e partindo para uma igreja verdadeiramente missionária, buscando inovar evangelizando de modo diferente, o que se tem usado muito a palavra Parresia, palavra grega que significa qualidade derivada da fé, uma fé que nos da coragem, audácia, firmeza, conforme nos diz monsenhor Jonas Abib: “Um verdadeiro atrevimento no Espirito”. Parabéns aos Missionários que atuam nessa Missão no Litoral e você que ainda não veio, esta sendo convocado para se apresentar nesse Exército, vestir a farda Laranja e partir em ordem de Batalha e missão dada é Missão Cumprida.
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